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Exposição | 50 anos de realismo: do fotorrealismo à realidade virtual | CCBB

Atualizado: 24 de set. de 2021


50 anos de realismo – Do fotorrealismo à realidade virtual. Essa é a exposição do momento em Brasília. Apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), teve início no dia 5 de fevereiro e ficará até o dia 28 de abril. É claro que não poderíamos deixar de visitar e recomendamos que vocês façam esse passeio incrível. Mas, antes, vamos matar um pouco da sua curiosidade, deixando aqui uma pequena amostra.

A mostra abarca desde a geração pioneira de pintores realistas até chegar à realidade virtual. O mais interessante é o confronto entre o ser, as aparências, a realidade e o que é retratado. Nas palavras da curadora e responsável pela mostra, Tereza de Arruda: “Por essa aproximação, surge um certo estranhamento e desconforto no momento em que nos perguntamos o que é a realidade e qual sua importância na representação artística.”.

Tereza destaca, também, a abrangência da exposição: “É uma oportunidade incrível para quem quer conhecer mais sobre o segmento, porque até então não houve um recorte da representação do realismo como estamos trazendo, partindo do realismo até a realidade virtual.”.

O fotorrealismo e o hiper-realismo nasceram por volta das décadas de 1960 e 1970, nos EUA.

É interessante notar como o nível de realismo vai se enriquecendo à medida que a fotografia vai se desenvolvendo. É claro que há outros fatores atrelados, como a influência das outras categorias artísticas. Espero que gostem.

Primeira Sala

Na primeira sala, estão os pintores precursores do fotorrealismo e do hiper-realismo, mas também traz pinturas contemporâneas. O intuito é introduzir o visitante ao realismo da pintura, retratando cenários de uma maneira mais crua.

E temos que comentar: ficamos impressionados com a terceira e a quarta imagens. A terceira impacta ainda mais pelos seus reflexos.

Destacamos algumas obras dessa sala, abaixo.

Segunda Sala

Descemos a galeria, e nos deparamos com pinturas de motivos comerciais e objetos do cotidiano.

Aqui já encontramos obras que parecem pretender ironizar a realidade. Temas como indústria aparecem bastante. Reparamos que a textura do plástico é muito presente nessas pinturas. Também tem algumas esculturas.

O que mais me chamou atenção foram as obras do quinto artista que aparece aí embaixo, Rafael Carneiro. A princípio, tinha estranhado as obras, mas passei a gostar quando entendi que são obras feitas a partir de imagens retiradas de câmeras de uma fábrica da NASA. Assim como nessas câmeras, suas obras têm mesmo um aspecto de baixa resolução.

Terceira Sala

Entramos em uma segunda galeria, contendo obras mais antigas, que, em geral, possuem como tema a vida americana, além de um espaço para obras muito atuais que retratam exclusivamente o corpo humano.

Vamos dividir aqui em dois grupos de imagens, respectivamente. A propósito, essas obras dispensam maiores comentários.

Quarta sala

Trata-se da galeria de vidro. Nela, encontramos obras de novas mídias, com o uso de recursos audiovisuais e realidade virtual. Como são obras mais complexas em termos de captura, devido à variedade de recursos, registramos apenas uma, a nossa preferida dessa sala, que destacamos aqui:

 

Palavras finais

O período pós-guerra foi marcado por um generalizado desgosto, que levou os artistas a criar uma linguagem de fuga aos sentimentos presentes na realidade, expressando-se através do abstracionismo. Ali entraram as obras de vanguarda. Mais tarde, os artistas realistas responderam a esses movimentos com uma visão oposta.

Mesmo que o tema não tenha sido abordado, nota-se uma familiaridade entre os pintores realistas pioneiros e a pop-art, trazendo temas do cotidiano americano, trazendo um olhar original àquilo que é comum.

As obras hiper-realistas retratam o ser humano para além da objetividade, transmitindo uma emoção que nos traz, através da empatia, uma identificação quase instantânea com a obra.

Por fim, novos recursos transpuseram o espectador para o papel de protagonista da arte, podendo imergir nela e fazer parte de um elevado nível de interação física.

Percebe-se que o grande desafio dos artistas visuais realistas é o confronto com as representações tecnológicas, como as fotografias. Os artistas lêem-nas, colocam nelas as suas impressões e transmitem o resultado para o público, seja através de intervenções ou através de enfatizações. A questão é representar a realidade, não por si só, mas de um modo que faça refletir, espelhar, encantar, provocar ou perturbar, chegando ao ponto de se fazer pensar, afinal, sobre o que é a própria realidade.

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Vocês visitaram? O que acharam?



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